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Especial: Dia do Idoso

Histórias de vidas inspiradoras celebram o dia 1º de outubro; Confira depoimentos

Publicado em: 30/09/2016 - Última atualização: 05/01/2024 - 09h38


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Sandrinha tem 62 anos bem vividos e trabalha como cozinheira na TV Gazeta

Trabalho para dois programas na TV Gazeta: “Revista da Cidade” e “Você Bonita”. O que eles precisam eles falam comigo e eu ajudo. Vou ao mercado conforme a necessidade da pauta e do culinarista e nutricionista. E agora, de 15 em 15 dias, faço a marmita da Carol Minhoto, às quartas-feiras. Gravo e preparo as comidas que são apresentadas no começo do programa. Chego às 6h45, vou para a sala de produção, começo a ver no computador o roteiro do programa e tiro uma cópia para eu poder passar para as meninas da cozinha. Depois disso, começo a arrumar e organizar a mesa com os alimentos. Em algumas culinárias, ajudo o chef responsável a preparar os pratos.

Em 2004, comecei a trabalhar no “Mulheres”. Toda segunda-feira eu fazia o meu quadro ao lado da Palmirinha, depois de um ano passei a trabalhar às sextas-feiras. Eu nunca fiz faculdade de gastronomia, mas sempre tive muita experiência, fazia bolos e salgados. A Catia Fonseca e a Palmirinha sempre me deram muita força no início da minha carreira. Uma vez, estava muito apertada e a Catia divulgou um curso que eu iria dar na igreja e a Palmirinha se prontificou em me ajudar no curso, foi uma benção! A Gazeta filmou e os três períodos lotaram. Eu criei o Júnior, meu filho, fazendo salgado e bolo para fora. O programa “Mulheres” me abriu as portas, eu consegui dar curso em Lisboa. Isso tudo foi muito importante para o meu crescimento.

A idade não importa e a gente não pode se prender a isso. Devemos sempre procurar novas atividades para fazer, sempre procuro aprender alguma coisa. Devido ao meu trabalho, precisei me aventurar com o computador para fazer as minhas pesquisas. Mas tive muita sorte com o pessoal da produção, a Camilinha e o Matheusinho sempre me deram um apoio muito grande, na verdade todo mundo me ensinou muito.
Eu nasci em Minas Gerais e desde que vim para São Paulo aproveito tudo o que a cidade tem de bom para oferecer. Temos parques para fazer ginástica, não gosto de ficar em casa para não ficar enferrujada. Eu aproveito muito! Tem alguma peça de teatro interessante? Eu estou indo! Tem filmes legais no cinema? Eu estou indo!

Há muitos anos sou voluntária do hospital São Camilo, todo domingo estou lá. Sou a responsável por dar comunhão para os enfermos e canto salmos. É uma coisa gratificante, que eu gosto muito e que me faz muito bem. Além disso tudo, amo viajar. Em 2012, fui convidada para ir para Jerusalém e para ir cantar para o Papa em Roma. Quero ter muita saúde para ter a oportunidade de conhecer outros lugares.


 

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Cláudia Grande harmonizou o que sempre teve de melhor: vivacidade, ideias e sonhos e idealizou o “Projeto 60 Anos”, onde compartilha pensamentos e atitudes para todas aquelas que querem chegar à maturidade com muito charme

Meu nome é Claudia Grande e tenho 60 anos. Por que comecei contando minha idade? Porque me reinventei aos 60, depois de ter sobrevivido a um câncer, acabado um casamento de 33 anos e deixado minha empresa ambiental para realizar um sonho, o de inspirar mulheres desta idade a ter uma maturidade saudável, ser elegante, alegre e principalmente, fazer com que deixássemos de ser invisíveis.

Aos 58 anos, me vi planejando meu aniversário de 60 e ao mesmo tempo que escolhia um smoking para usar na festa me sentia fora de forma e cheia de dores.
Resolvi sair do sofá e começar a correr na rua (hoje meu esporte preferido). E, para que meus 100 amigos do Facebook me incentivassem, criei uma página chamada “Projeto 60 anos”, onde compartilhei meus sonhos, minhas roupas preferidas, as comidas que gosto de fazer, músicas da minha vida, filmes inesquecíveis, meus progressos com meu novo esporte e, para minha surpresa, em uma semana eu tinha 1000 seguidores me incentivando.

Espera aí, o que está acontecendo? Não conhecia essas pessoas, mas elas estavam me tratando como uma velha amiga, me mandando mensagens dizendo que finalmente alguém havia lembrado delas e que queiram mais e mais sugestões minhas. Começava aí uma nova vida…Blogueira da terceira idade? Justo eu que sempre fui empresária? Pronto, estava nascendo um novo negócio, que me tomou de assalto, de orgulho e de prazer, me fazendo repensar no meu trabalho, nas minhas conquistas, me dando um prazer imenso de trabalhar e pesquisar, me fazendo ter cada dia mais ideias e planos, enchendo meus dias de novidades e gente interessante, me fazendo remoçar, me sentir viva e cheia de energia.

Até parece que antes minha vida era pacata para dar tanto valor aos dias cheios de hoje. Eu sempre tive uma vida super agitada, sou mãe de quatro filhos, tenho cinco netos, quatro cachorros, duas gatas, sou presidente de uma assistência social há nove anos, onde cuido de idosos carentes. Minha casa é grande e repleta de amigos. Meus jantares diários sempre tem mesa cheia, adoro festas, recebo muito. Sou descendente de italianos e libaneses, a mais velha de cinco irmãos e nossa família adora se reunir para comer, dançar, festejar, brigar, se divertir, viajamos juntos e nos amamos de montão.

Mas, de repente, 280 mil mulheres, fazem parte do meu dia a dia (hoje é este o número de seguidores da página) levando o segundo turno da minha vida para outro patamar, transformando a tal temida maturidade em algo delicioso de viver, fazendo a velhice ser interessantíssima e repleta de coisas boas e, o mais importante, podendo ser útil a tanta gente que antes se sentia desmotivada e esquecida simplesmente por ter entrado na tal da terceira idade.

E com esta página, a moda, que eu sempre amei, entrou em primeiro plano na minha vida, e eu que já dava muito valor ao que vestia, hoje dou dicas, sugestões para mulheres como eu, que querem ficar bem vestidas mas sem usar roupas de velhas, que podem ter os cabelos sem pintar com muito orgulho sem parecer desleixada.

A indústria da moda só agora está despertando para este público, que veste um número maior, pesa um pouco mais, tem formas mais arredondadas mas quer estar fashion e bonita. Sempre digo que menos é mais, mas nem sempre fui assim. A maturidade me ensinou a ser clean e prática, visto roupas básicas e dou muito valor para acessórios bons, que na minha opinião são fáceis de achar e transformam um look, indo do clássico ao contemporâneo sem grandes problemas e gastos.

Em tempos de dinheiro mais curto, sugiro roupas de boa qualidade, deixando para poucas peças as roupas de modinha. Meu perfume é um creme e os meus cabelos são grisalhos e com um corte moderno. Mas nada disso adianta se não tivermos um sorriso no rosto que eu considero nosso cartão de visita. Ser feliz pode ser uma opção e a roupa que se veste é o retrato da nossa alma. A elegância está nos gestos e nas atitudes. O dinheiro pode nos fazer ricos mas não nos deixa mais nobres.

Eu já criei filhos, já plantei árvores e agora escrevo páginas…Como dizia meu pai, você se tornou imortal. Adoro saber disso, porque tenho pavor de morrer! Por falar em morte, brinco muito com meus filhos sempre que vou a um velório. Tenho listas de desejos, como não ter flores me cobrindo entre outras coisas, mas fiquem tranquilos, não farei uma página sobre isso….se bem que acabo de ter uma ótima ideia…(risos, muitos risos).


 

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Meu nome é Paulo Nogueira Filho, tenho 73 anos, bem vividos, por sinal. Nasci e me criei em São José dos Campos (SP), onde comecei meus estudos e meu trabalho profissional

Sou casado há 50 anos, temos três filhos e duas netas. Na minha vida profissional, tive a oportunidade de conhecer uma boa parte deste nosso país. De sul a nordeste. Serviu muito para adicionar aos meus conhecimentos pessoais os costumes de cada região onde passei. Convivi com muitas pessoas e aprendi muito com todas elas.

Nessa fase, a parte mais difícil foi ficar longe da família. O trabalho supria a parte financeira, mas não a afetiva familiar, as amizades criadas pelos lugares onde passei não cobriam as saudades do lar e da família. Por outro lado, foi suficiente para os objetivos materiais: casa própria, carro e uma pequena chácara para o lazer da nossa família.

Hoje me sinto satisfeito e realizado pois me considero feliz pela saúde e estes anos de vida que Deus tem me concedido. Resumindo é isto, porém agradeço a Deus pela minha esposa, filhos e netas para ter chegado até aqui.


 

Projeto Meus Velhos

Bruno Varandas

Não é de hoje que eu tenho extrema fascinação por velhos. E permito-me chamá-los assim, de velhos, porque sinto-me, de certo modo, íntimo deles. Desde criança eu adoro ouvir histórias, ainda mais quando contadas com detalhes e entusiasmo. E eles, os velhos, dominam com maestria esta arte. Afinal, passaram uma vida inteira aprimorando. Gosto até de ouvir os casos daqueles idosos ranzinzas, que reclamam dos calos ao calor que faz o dia.
Há uns quatro ou cinco anos, quando sequer os smartphones eram realidade no país (muito menos o Instagram), tive um papo tão gostoso com uma senhora no ônibus que resolvi tirar uma foto dela para não esquecê-la. Foi assim que comecei a clicá-los.
Algum tempo depois, comprei o meu primeiro smartphone e aí a paixão por registrar “meus velhos” deslanchou. Clicava no metrô, no ônibus, nas ruas, nas praças, em qualquer lugar, e durante uns dois anos fui colecionando retratos e me deliciando com a lembrança de cada um deles. Sentia-me – e ainda sinto! -, orgulhoso quando cruzava com algum idoso que eu já havia fotografado anteriormente. A sensação do reencontro é a melhor possível. Sinto-me como se estivesse revendo um amigo querido.
Anos se passaram até que em 2014, já com centenas fotos tiradas, eu criei o projeto @meusvelhos no Instagram. Demorei para lançar porque não queria ser mais um mero perfil de fotografias em um canal de fotografias. Eu queria algo a mais, meus velhos mereciam algo a mais. Foi aí que veio a ideia de misturar minhas duas paixões, idosos e poesia, em um só projeto. Se todas aquelas pessoas me inspiravam tanto, por que não conferir o quanto inspiravam os outros também? Assim comecei a distribuir fotografias a quem pedia, contanto que me mandassem suas inspirações em poucos dias.

Confira galeria de fotos e poesias do projeto @meusvelhos

 

 

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