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Presidente da França é detido e interrogado

Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

Presidente da França é detido e interrogado Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
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Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

"Até parece que está na moda prender ex-presidentes da República. A bola da vez é Nicolas Sarkozy, que foi presidente da França entre 2007 e 2012. Pois hoje de manhã, ele foi levado a uma delegacia de polícia. Onde foi interrogado por juízes e policiais. Foi uma espécie de prisão preventiva, por causa do caixa-dois que ele teria recebido da Líbia para a campanha em que se elegeu presidente.

O então ditador da Líbia, Muammar al-Gaddafi, teria doado a Sarkozy 50 milhões de euros. É o dobro do gasto autorizado pela lei francesa para quem disputa a presidência da República. Muammar al-Gaddafi não está mais entre nós. Ele foi linchado e morto em 2011, durante uma revolta que pôs fim aos 41 anos de ditadura.

A Líbia comprava da França aviões Mirage, blindados para a infantaria e armas le ves para reprimir os dissidentes. Gaddafi foi para a geladeira quando quis construir a bomba atômica. Sofreu um embargo militar e econômico. Saiu da geladeira com a intermediação de Tony Blair, na época primeiro-ministro britânico.

A pergunta que se deve fazer é a seguinte. Por que é que Sarkozy precisava do caixa-dois, numa eleição em que ele era amplamente favorito? A principal adversária dele em 2007 era Ségolène Royal, uma candidata fraquinha do Partido Socialista. Daria para derrotar Ségolène com pouco dinheiro. Não era preciso sujar as mãos. Mas a corrupção eleitoral é uma máquina diabólica.

Gaddafi foi derrubado e os antigos aliados dele começaram a falar. Contaram para a polícia francesa tudo o que sabiam. Um dos personagens que deu com a língua nos dentes é um empresário do Líbano, que foi encarregado de fazer três entregas de euros para a equipe de Sarkozy. Um outro intermediário colocou um troco no bolso e com isso comprou um apartamento em Paris.

Estamos diante do maior escândalo de financiamento eleitoral da história recente da França. Sarkozy é hoje um anão dentro da direita francesa. E em breve poderá se transformar num anão de penitenciária. É assim que o mundo gira. Boa noite."
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