Pessimismo econômico diminuiu um pouquinho

Poderia haver mais esperança se mais medidas econômicas estivessem sendo aprovadas.

As primeiras pesquisas de opinião mostram que a avaliação positiva do governo de Michel Temer andam quase tão baixas quanto as do governo de Dilma Rousseff.
Não é de admirar. O pessimismo econômico diminuiu um pouquinho, mas ainda não há otimismo. Não dá para ser otimista com um aumento de 40% no número de desempregados.

Isto é, com cada vez mais gente perdendo emprego com carteira assinada e muita gente que ainda trabalho se virando na categoria "por conta própria": quem não é empregado ou empregador, que muitas vezes está é se virando com um bico que paga cada vez menos.

De onde veio a queda do pessimismo, talvez um sinal de que estejamos chegando perto do fundo do poço? Da esperança de que mudança de governo poderia fazer alguma diferença. Só que não fez, nem poderia ter feito. O governo parece velho, mas tem apenas um mês e meio.

Poderia haver mais esperança se mais medidas econômicas estivessem sendo aprovadas.

No entanto, o governo ainda está elaborando as medidas mais importantes. Além do mais, está deixando várias decisões e projetos de lei para depois de ser votado o afastamento definitivo de Dilma, talvez em agosto.

O governo deve deixar certos assuntos mais impopulares mesmo para depois da eleição municipal, para outubro, pois certas medidas são a princípio impopulares, como a mudança nas regras da aposentadoria e outras mexidas na Previdência.
Isto quer dizer que nada está mudando? Não é bem assim.
Algumas coisas estão mesmo despiorando, mas isso era uma tendência já esperada. Por exemplo, algumas empresas que exportam, que vendem produtos para outros países, tem uma melhorazinha.

Mas, no dia a dia, como no caso do desemprego, isso vai demorar a aparecer. Primeiro, as empresas vão parar de encolher. Como tem muita capacidade de produção sem uso, ociosa, vão começar a produzir sem investir e, a princípio, sem empregar mais, recorrendo a horas extras, talvez.

Melhora mesmo, se tudo der certo e o governo também, a gente começa a sentir um pouquinho lá pelo final do ano.