Delações contra gov. Temer e PSDB. Cadê os protestos?

Onde estão indignação, manifestações, bandeiras e panelas contra corrupção e privilégios?

Ex-vice presidente da Odebrecht, Claudio Melo Filho negocia delação. E cita os mais próximos ministros de Temer por recebimento de propina, relata a Veja.

Teriam sido R$ 3 milhões para Moreira Franco. Para Geddel Vieira Lima, quantia não relatada pela revista. Para Romero Jucá, presidente do PMDB, R$ 10 milhões.

Moreira Franco é ministro-secretário no Programa Parcerias de Investimento, do governo Temer. Geddel é o ministro-secretário.

Em negociações para delação Marcelo Odebrecht já citou Temer. Que em um jantar no Jaburu, em 2014, teria pedido R$ 10 milhões repassados ao PMDB.

A revista Época informa: José Antunes Sobrinho, sócio da empreiteira Engevix - também no "Petrolão"- fala sobre propinas superiores a R$ 20 milhões.

Que teriam sido pagas durante governos Serra e Alckmin, do PSDB. Obras no Rodoanel, Metrô, CDHU etc. Antunes cita propinas também para o governo federal.

Em busca de um acordo de leniência, Antunes falou para 4 procuradores da Advocacia Geral da União, no Ministério da Transparência. A Engevix desmente essa notícia.

Na Folha, Bernardo Mello Franco conta: Fabiola Sulpino Vieira coordenava os Estudos sobre Saúde no IPEA.

Há uma semana Fabiola e colegas publicaram estudo mostrando: cortes embutidos na PEC do Teto de investimentos podem, num dos cenários, tirar R$ 743 bilhões da Saúde.

Presidente do IPEA nomeado por Temer, Ernesto Lozardo não gostou. Fabiola está exonerada do cargo e alvo de censura pública.

Fabiola e colegas erraram nas contas? Um erro de R$ 743 bilhões? Cometido por uma Doutora na USP e colegas do Instituto de Pesquisas Econômicas?

Na revista Carta, André Barrocal revela: 71.440 brasileiros ricos ganharam quase R$ 200 bilhões sem pagar um centavo ao Imposto de Renda na Pessoa Física, em 2013.

Dinheiro livre desse imposto porque recebido como lucro ou dividendo das empresas onde são donos ou acionistas.

Estas são notícias do agora. Sobre corrupção, ou sobre privilégios.

Onde estão indignação, manifestações, bandeiras e panelas contra corrupção e privilégios?