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Dia de números ruins na economia brasileira

O desemprego subiu bastante, com mais rapidez que se esperava, e ainda deve subir mais.

Dia de números ruins na economia brasileira O desemprego subiu bastante, com mais rapidez que se esperava, e ainda deve subir mais.
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O desemprego subiu bastante, com mais rapidez que se esperava, e ainda deve subir mais. Ruim falar isso, mas não tem muito como ser diferente. O próprío desemprego reforça a desaceleração do consumo, que piora o desempenho das empresas, que acabam demitindo mais. A indústria já vem patinando há muito tempo. A construção enfrenta uma crise pesada, que pode se agravar diante das restrições e do encarecimento do crédito imobiliário. Comércio e serviços também estão perdendo ritmo de uma forma acelerada. A previsão é que este segundo trimestre seja pior que o primeiro, reforçando a recessão que já está aí. Agora, mesmo com a recessão, o Banco Central deve continuar subindo os juros, que já estão nas alturas, pra segurar mais o consumo e derrubar a inflação. Juros altos reforçam a freada da economia, sem esquecer as medidas pra viabilizar o ajuste fiscal. Medidas que incluem aumento de impostos, até pra compensar a queda de arrecadação, corte de benefícios da Previdência, fim de desonerações, redução dos investimentos e gastos dos MInistérios. É um aperto geral que só pode resultar em mais desemprego. Até onde isso vai? Difícil responder. Vai depender muito de o governo conseguir executar o ajuste das próprias finanças e do quanto que esse ajuste ainda vai custar pra todos nós. Depois é preciso que a inflação caia mesmo, pra dar um alívio para o consumidor, abrindo espaço também para o Banco Central voltar a cortar os juros. E o governo ainda tem que conseguir criar uma agenda positiva, acelerando projetos de infra estrutura, gerando maior confiança em quem quer investir, despertando interesse do capital externo, além de cuidar melhor de questões que podem ajudar na competitividade da produção nacional. Potencial de recuperação o País tem. É esperar que esse potencial não seja comprometido, mais do que já foi, pela incompetência gerencial e as disputas e interesses políticos. Eu volto na segunda. Até lá.
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